segunda-feira, 23 de maio de 2011

Lotação em Porto Alegre

Sheila Prade

"... Porque a casa é o nosso canto do mundo.
Ela é, como se diz amiúde, o nosso primeiro universo.
É um verdadeiro cosmos. Um cosmos em toda a acepção do termo..."
 

BACHELARD, Gaston. A poética do Espaço. Martins Fontes. São Paulo, 2003. pg24.

Monica Sofia


Enviado por Monica Sofia

Alya Nery

Waldemar Schultz

Carmen Salazar


Karen Cerutti

domingo, 13 de março de 2011

Priscila e seu skate







A Priscila participou da passeata dos ciclistas com seu skate. Lá, eu distribui exatos 800 adesivos do projeto "Gentileza gera Gentileza" e ela foi uma das pessoas que recebeu. Gentilmente, me enviou as fotos para postagem. E eu resolvi publicar parte de seu email, tão querido, aqui. Grata, Priscila!


"Eu havia tido a idéia das plaquinhas com os esportistas lá na passeata, depois cheguei em casa e vi que uma ONG já havia tido a mesmíssima idéia. [Perguntei] se podia fazer um stencil semelhante, e eles disseram que seria ótimo. Então fiz a camiseta e tirei umas fotos.
(...)
A turma que anda comigo de skate tem de 30 anos pra cima, e é um pessoal bem consciente dos perigos de andar de skate no trânsito.
(...)
Na minha opinião, as regras que valem para bicicleta valem para skate também, assim como para roller, patins, patinetes, 'coisas', etc. E a gente, quando anda na rua, faz o possível pra ser respeitado."
Enviado por email em 13 de março.

sexta-feira, 4 de março de 2011

terça-feira, 1 de março de 2011

Vídeo da "Ação: Partilhar"

Gentileza em duas rodas, Gentileza em quatro rodas - Para Massa Crítica

Dia destes, precisamente 25 de fevereiro, houve um acidente destes que tira a gente do ar, que nos rasga o peito só de ver as imagens.

Uma marcha de ciclistas, na frente. Um motorista, atrás. Ou um "monstrorista", como foi dito.
Covardemente, atira seu carro para cima dos ciclistas. Eles tem suas bicicletas retorcidas, seus corpos arremessados à longa distância, corpos caídos, mas com vida, por sorte.

Cenas realmente impressionantes.

Uma vez, neste blog, fiz uma pesquisa para saber o que as pessoas consideravam gentileza. Me surpreendi porque ser gentil não era mais pagar a conta no restaurante, simplesmente. Era ajudar alguém atravessar a rua, sorrir para um desconhecido sem interesse algum, dar seu lugar na fila, deixar o motorista da faixa ao lado passar em sua frente sem problema algum, respeitar o pedestre, o ciclista, o cadeirante. Muitas possibilidades de se ser gentil com o próximo.

Num outro momento da vida, uma professora de ensino fundamental me procurou. Me contou que estava desenvolvendo uma atividade com seus alunos e que tratava da educação no trânsito e a relação com a gentileza. Me enchi de alegria porque a palavra, a ação da gentileza, ambas tem que ser levadas à diante e muito seriamente. Prontamente lhe ofereci meus adesivos para que distribuísse para seus alunos.

Acontecem movimentos paralelos e isso é sensacional. Noutro dia, recebi de uma amiga um email que falava sobre uma ação entre a Brastemp e 11 emissoras de rádios de São Paulo. No mesmo dia e na mesma hora divulgaram uma certa propaganda. Peço que vejam o link porque é incrível. Envolve o trânsito e o indivíduo. Não sei quando foi feita.


Daí, pensando nisso e ainda chocada com o acidente e com tantos amigos e alunos da universidade em que trabalho, machucados e abalados emocionalmente, recebi o convite, se é que posso chamá-lo assim, para uma  marcha "a pé por justiça, humanidade e respeito", como disse Sérgio no blog da Massa Crítica.

Mais que prontamente, pensei nos adesivos, na faixa e nas camisetas do "Gentileza Gera Gentileza". Acredito realmente nesta ação. Por isso estarei lá lutando por uma causa que clama por respeito sim,   por humanidade sim, mas muito por liberdade.

Hoje, 01 de março, às 18:30 hs, no Largo Zumbi dos Palmares, em Porto Alegre.



Galeria de Social Bike

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Lista especial

Lista especial para o  Ano Novo de  2011. 
Por Paola Zordan.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Rio com Gentileza

No site www.riocomgentileza.com.br está divulgado vários blogs que incluem o Gentileza de alguma maneira.
http://www.riocomgentileza.com.br/blogsgentis.html

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Gentileza, Lápis e RBS

http://wp.clicrbs.com.br/zhmoinhos/2010/05/17/964/?topo=13,1,1

Gentileza gera gentileza

Por Úrsula Petrilli Dutra, Conselho de Blogueiros

Ainda sobre o Café ZH realizado em 6 de maio no Lápis Café do Shopping Total: ao pagar a conta do meu café, no caixa, encontrei uma brincadeira/gentileza bem legal. Quem acertasse a quantidade de lápis que estavam dentro do tubo fixado na parede ganharia uma fatia de torta e um café, com direto a três tentativas. A dica era que havia menos de mil lápis e que o número era quebrado.

Minhas tentativas foram frustradas, mas observei um adesivo muito interessante colado no tubo: Gentileza Gera Gentileza. Questionei sobre o adesivo e fui informada que, casualmente, a artista plástica que os confeccionava estava ali no café. Tive o prazer de conhecer a Adriana Daccache. Ela me contou que a ideia dos adesivos surgiu no 1º Fórum Social Mundial. Na época, queria criar algo e estava lendo a obra do Profeta Gentileza. Então, resolveu fazer os adesivos com a frase do profeta e distribuí-los, pois entende que partilhar é o que existe de melhor. Disse que jamais vendeu um adesivo sequer. São todos distribuídos como gestos de gentileza.

Não resta dúvida que o simples fato de lermos o adesivo faz com que nos lembremos de como é bom sermos gentis ou sermos agraciados por gentilezas. Parabéns Adriana, há mais de 10 anos distribuindo e gerando gentilezas.

E você, já fez seu gesto de gentileza hoje?

Shana - Pepinot

beijos

Paula Stein


Adri,

Tava voltando pra casa esses dias, qdo vi esse carro!
tive que bater uma foto pra te mandar...
saudades da minha prof querida!
beijão, Paulinha



Recebi na última aula do S.A Frágil o adesivo "gentileza gera gentileza",
em anexo encaminho três fotos...
Acompanho teu blog, muito legal! Quando tiver outras intervenções avise!

Abraços,

Ana Paula

Mayra Redin


oi adri,
achei no meio das minhas coisas esse rabisco que fiz quando fui ao rio
em 2006...
lembrei de vc...
beijo
mayra

Walmor Corrêa



"... Porque a casa é o nosso canto do mundo.
Ela é, como se diz amiúde, o nosso primeiro universo.
É um verdadeiro cosmos. Um cosmos em toda a acepção do termo..."
BACHELARD, Gaston. A poética do Espaço. Martins Fontes. São Paulo, 2003. pg24.

Beijão Adri! :)
Sheila Prade
Foto de Silmara Zago, em Parati, em janeiro de 2009.

...

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Debora Balzan


Gwoene


Conceição Daccache







































São Paulo-Porto Alegre.

Janeiro de 2009.

Bar na estrada.

Regina Veiga







O final do curso chegou.
Uma alegria gigante.
Uma tensão gigante.
Um "perder o rumo" gigante.

Meu orientador.

Sergio Lulkin. Palavras de incentivo sempre.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Marcia Tiburi e eu

Gentileza

Seg, 22/12/08
por Marcia Tiburi


A artista Adriana Dacache bolou uma obra estética cheia de significado ético.
http://apartilhadosensivel.blogspot.com/

Vou usar como lembrança neste final de ano.
Feliz natal e feliz 2009 pra todo mundo.
E que da gentileza nasça o respeito, a amizade, o amor…
http://colunas.gnt.com.br/pinkpunk



Fiz uma postagem no blog da Marcia Tiburi para excluir qualquer tipo de equívoco. Segue.


Marcia querida e demais nevegadores de partilhas..

Este trabalho “Gentileza Gera Gentileza” é inspirado nas idéias do Profeta Gentileza. Não escondi nenhum tipo de referência à obra deste profeta, tanto que, quando fiz os adesivos, optei por utilizar a mesma tipografia que ele utilizou. Quando executo minhas ações, sempre cito sua obra. Sempre deixei explícitas minhas referências visuais e conceituais. Acredito que com isso, esteja reforçando a obra incansável do Profeta Gentileza utilizando outra mídia para divulgar aquilo que ele mais acreditava. Eu a usei para um trabalho de especialização que também fala sobre a palavra. Em nenhum momento omiti isso e os adesivos que faço não são comercializados. Para tanto, peço que visitem o blog.
Grata.
Beijo e desejo de um ano repleto de gentileza, de amorrr, de alegrias e saúde.

Adriana Daccache

sábado, 6 de dezembro de 2008

Por Paola Zordan - Texto elaborado para mesa Poéticas da arte na educação contemporânea - I Colóquio Pedagogia da Arte, FACED/UFRGS




Ovo. Ponto zero. Corpo sem órgãos. O dito e tanto redito. Cortado e superficial. Um corpo cuja existência não é outra senão a produção de arte. Uma bricolage. Selecionada por uma objetiva e registrada de acordo com a exposição da luz. Ampliada por lentes. Reproduzida em pixels. Vista como imagem.
Feliz é quem não precisa de uma imagem para se saber artista. Fazer arte é algo muito diferente daquilo que se preconcebe. É uma questão de VIDA, não de exibição. Implica um produzir que pouco se coloca em produtos e exposições, mas sim faz espaços. Espaços para viver. Lugares de estar junto.
Uma mesa é um lugar de estar junto. Uma mesa é um palco? As pessoas que estão nela são atrizes, performers, bailarinas, musicistas? Doutoras. Professoras? Mediadoras? Interlocutoras? Apresentadoras? Painelistas, é essa a imagem que se faz. Figuras aqui desta casa, da casinha aqui perto, da casa avizinhada, de outro lugar do país. Estamos todas aqui. Todos que aqui estão morrerão um dia. Evitar a morte é o motivo da poética. Se colocar numa obra, conservando imagens, é o modo que os humanos encontram para se manterem eternamente vivos. Viver eternamente é a maneira que nós achamos para nunca deixar morrer nossas paixões.
Não erguemos megalitos, não inventamos pirâmides, não construímos catedrais. Uma vez professores, nossa obra é aquilo que repercute em nossos alunos, de geração em geração. São eles, individualmente ou em grupo, a razão de tanto trabalho sem aparente produto. Suas vidas, sucessos, alegrias, realizações compõem a obra coletiva de um currículo feito por muitas e controversas cabeças. Uma hidra. Um monstro. Aglomeração sem outra finalidade além de compor. Algo que se mostra sem fins didáticos, mas com a mais desejosa das intenções.
E que intencionamos com a poética, é colocar o amor em criação.
Pois é sempre de um corpo amado, às vezes paradoxalmente odiado e perturbador, que a imagem trata. Para estudar o corpo em questão, o desejo precisa virar conceito. Criação para povoar o pensamento, o que é concebido traça o plano em que toda imagem devém. Sem plano nada se conquista. O que precisamos conquistar é aquilo que amamos. Temos amor por algumas imagens não porque elas representam os corpos amados. Amamos as imagens que erguem esse corpo e fazem dele matéria instalada no coração. O coração é só mais uma imagem. Cheia de alvos, indicações, indícios, desperdícios, malefícios e besteiras. O que cabe nessa imagem que nos é tão cara, depende de quem a evoca. E o que, junto ao coração, esse ultra clichê da cristandade hoje travestido em romantismo leigo para consumo, pode ser invocado, é justamente o que vai dar cara para nossas imprescindíveis paixões.
Uma imagem não afirma nada. Uma imagem pode estar cheia de significados. Se ela inscreve coisas além do que o olho vê, a culpa é dos clichês. Romper com os clichês é se aventurar em criações. Sem garantia alguma de que algo diferente aconteça. Porque o quadro negro, as vagas, os espaços vazios, a folha em branco, tudo isso está cheio de clichês: observação de Deleuze em suas incursões filosóficas sobre pintura.
Criamos com alusões. Ilusão é acreditar nas imagens, essas criações do pensamento que extrapolam a visualidade. O que identificam, o que representam, o que querem dizer: o que isso importa para quem com as imagens se ocupa? Imagens comportam mundos. Com imagens montamos paisagens. Aglutinamos preferências e juntamos o que nos interessa. Fixas e efêmeras, as imagens são figuras que povoam o pensamento. Fugidias e perenes, sempre tiradas daquilo que na vida aparece.
5 minutos de leitura oral
Nenhuma paisagem permanece eterna. A visão se esvai. Como o corpo, que por mais que permaneça, de algum modo se acaba. Trazer imagens não garante a conservação do que elas implicam. Fazer desaparecer, de algum modo, é excessivamente mostrar. Vista em excesso, qualquer imagem deixa de ter força. Por mais re-apresentada que seja. Ainda que insistentemente se propaguem, imagens não são feitas, necessariamente, para atrapalhar. Mas podem causar transtornos. Pois se colam em discursos, tabus e complicados afetos. Aspectos indissociáveis em um mesmo plano de expressão. Obviamente ideológicas, educam. Se não percebemos os clichês colados numa imagem o olho não tem nada a ver com isso.
6 minutos e 10 segundos
O olho é apenas o ponto de passagem. O que o cérebro faz com aquilo que o olho captura é o que dá para as imagens o estatuto que os estudiosos contemporâneos tanto trazem em suas falas. Classificar e interpretar imagens: ocupação acadêmica estabelecida. Trabalho que sobrepõe nas imagens codificações que, necessariamente, algumas imagens não têm. O problema não é esse procedimento, mas sim deixar de trabalhar com tudo o que a imagem não identifica. O que na imagem, não pode ser codificado. Com tudo o que, numa imagem, move o pensamento.
7 minutos
Desejamos imagens não pelo que elas representam e sim pelo movimento que elas produzem nos corpos. Todo amor não passa de um decalque muito bem sucedido entre uma imagem criada subjetivamente e um corpo, preferencialmente experimentado no físico. Apaixonamos-nos quando as criações nos tiram do lugar. Se depois canonizam certas figuras e determinadas paisagens, foi porque a paixão que ergue um corpo-figura-paisagem em imagem mobilizou imensidões. Sem dúvida queremos imagens nas quais possamos nos colar. Mas, acima de tudo, as imagens queridas são aquelas cujos recortes voam além dos enquadramentos. Molduras, quadros, monitores e todo tipo de dispositivos quadrangulares nos quais a cultura as circunscreve.
8 minutos e 7 segundos
Mais do que imagens, queremos paixões. Se o pathos só pode se erguer como obra se valendo de imagens, isso não demanda tanta conversa sobre elas. Melhor seria simplesmente fruir da natureza das figuras, das cores, das abstrações, das massas e das junções. Mas, para sustentar o sentido dos corpos apresentados somente pela via da linguagem, como estamos acostumados a nos valer, fica-se sob o jugo de gramáticas muito mais estreitas do que a plasticidade da poesia em si. Por isso, toda essa falação. Tanta coisa escrita, necessidade de leituras e explicações. A neurose interpretativa não suporta o silenciar inconsciente que toda e qualquer imagem tem.
9 minutos e 5 segundos
Amanhecemos. Sem peles, só imagem. Gozamos largando as palavras. Buscando flashs da eternidade, mas efetivamente vivendo os matizes lentos do crepúsculo. Num novo corpo. Esse que intensamente um encontro cria. Nunca o mesmo encontro. Porque os corpos se reinventam. E, mais do que de imagens, precisam uns dos outros. Entretanto, imagens são corpos. Que dificilmente são zerados, pois são númens e nomes. Cheios de fluxos inclassificáveis e impossíveis de serem numerados, somente quantum que em nenhuma tabulação pode expressar. As imagens são o quanto de prazer um corpo é capaz de suportar.
10 minutos e 18 segundos, ultrapassei meu tempo
Imagens proliferam. Quem cria faz delas o que quiser. Quem cria reinventa a imagem e a torna diferença. Se isso incomoda é porque até a mais banal das imagens estranha a si mesma e a toda a discursividade que contém. Continente, a imagem não pode ser apartada do desenho. Substancial, a imagem pinta.
10 minutos e 45 segundos, ai ai, ai
Zerar a imagem não é calar. Apenas esquecer tudo o que ela supostamente trata. Olhar por olhar, não para entender o tratamento que o texto envolve, mas sim para se apaixonar. Arriscar o corpo em tudo o que a superfície oferece. No plasma e no cristal líquido gosmas são anunciadas. Fantasias, enfrentamentos e encantos. Se não nos apaixonarmos, nenhuma imagem, sempre corpo, tem graça.
11 minutos e 10 segundos
Alguma coisa aconteceu. Anoitece. Tudo continua igual. O que nos faz provar, tão pequeno lapso de diferença? A vida é sempre a mesma. O dia vem, cai na noite, a cada volta da terra em torno do sol, uma nuance. O que muda está na arte. E a arte apaixona, não educa.
11 minutos e 37 segundos, impossível encaixar pensamento e poética perfeitamente no tempo, cada vez menor em todas as circunstâncias.